Tese de Gabriela Miranda Marques, submetida ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade — Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do grau de doutora em História Cultural.
Florianópolis-SC, 2016
RESUMO
Esta tese analisa a (re)invenção do anarcofeminismo a partir dos anos 1990 até 2012. Este feminismo vai emergir no interior da cena punk no Brasil, mais precisamente na cena anarcopunk; no cruzamento entre punk, anarquismo e feminismo. Compreende-se este anarcofeminismo como uma bricolagem: de teorias, identidades e modos de ação. Para observar como ele se constituiu, lançamos mão de dois tipos de fontes: entrevistas e fanzines. Os fanzines são as fontes privilegiadas nesta pesquisa, observar-se-á o seu caráter de pastiche que ajuda a compor a bricolagem anarcofeminista e através deles perceberemos como essas anarcofeministas se constituem, ao mesmo tempo, como algo novo e que se relaciona de uma forma geracional com anarcofeminismos do passado. — Observaremos como sob o guarda chuva anarcofeminista coexistem diferentes temporalidades; como os debates e as identidades se constituem de forma múltipla e fluída, sem pretensão de coerência, e muitas vezes são estratégicos para encampar suas lutas.
Fonte:
Acervo de Matheus Darrieux, Chao Li, e outros.
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